terça-feira, 12 de junho de 2012

Reajuste Salarial da União: Mais de 2000 professores do Amapá estão prejudicados


Fabiana Figueiredo
@FabianaFgrd

Realmente, os professores não são valorizados, e, cada vez mais, estão desassistidos pelos poderes. Hoje, em caráter nacional, estão ocorrendo várias greves de professores estaduais e federais os quais reivindicam direitos exigidos por leis.

O Amapá não poderia ficar de fora não é? Greve dos professores estaduais há mais de 45 dias nas ruas, os professores federais há quase um mês sem dar aulas, e dois governos (federal e estadual) que não querem atender às reivindicações e nem obedecer às leis determinadas pela Constituição. 

Desassistidos estão, também, mais de dois mil professores aposentados do Ex-Território Federal do Amapá, dos quais 500 ainda lecionam, e todos recebem benefícios salariais da União. Mas quem disse que esses benefícios estão sendo distribuídos de forma correta?

No último reajuste salarial da União, à quase um milhão de servidores federais brasileiros, concedida através da Medida Provisória de número 568, já aprovada em maio deste ano, não houve reajuste nos salários dos nossos professores, policiais e bombeiros do Ex-Território. Essa MP veio substituir o Projeto de Lei 2.203, que foi enviado ao Congresso em agosto do ano passado e trata da reestruturação de cargos, planos de cargos e carreiras, além de tabelas remuneratórias, mas que não houve êxito.

Por que isso acontece? Segundo o Superintendente da Administração do Ministério da Fazenda do Amapá, Carlos Guilherme, esses professores que não terão o reajuste salarial são os mesmos que não optaram por ter uma carreira tecnológica. Mas acrescenta que "673 professores que fizeram requerimento para fazerem parte do quadro do ensino básico tecnológico serão contemplados." Como assim, quer dizer que aqueles que preferiram lecionar do modo "básicão", do modo mais arcaico, não irão receber todo o benefício salarial contido no reajuste da Lei nº 8.112, de 1990, por meio da Medida Provisória? Está aí mais um desrespeito ao servidor que passou anos servindo ao ex-Território e que hoje está jogado e praticamente esquecido na história.


(Tribuna Amapaense)

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