sábado, 19 de maio de 2012

Potencial Turístico Amapaense: É preciso investir mais

Fabiana Figueiredo
@FabianaFgrd

Imagem e Fortaleza de São José de Macapá,
atrações na frente da cidade / Foto de Rodrijo Junqueira
O Amapá tem atraído olhares de todo canto do mundo por ser um Estado rico em belezas inéditas e naturais, com grande potencial energético, turístico, mineral, madeireiro, pesqueiro, agropecuário, entre outros. Aproximadamente 72% de suas terras são protegidas, envolvendo áreas de conservação, terras indígenas e quilombolas.


Infelizmente, ao se tratar de turismo no Amapá, pode-se perceber que este segmento ainda é pouco explorado comparado a outros estados. Mesmo que no Brasil onde os índices turísticos vêm crescendo, isso ainda é muito pouco para o potencial turístico que ele oferece por meio de suas belas áreas naturais. É necessário que seja aumentado o investimento neste grande segmento, pois o turismo é, para muitos países, um dos maiores contribuintes para o PIB nacional.

Dentre os serviços prestados com a exploração turística, há a logística operacional como: os meios de transporte, restaurantes e a rede hoteleira que precisam ser melhoradas. Devendo ocorrer o aumento do número de hotéis, pousadas e meios de transportes, assim como a melhoria de ruas e estradas que deem acesso aos visitantes às localidades de atração, como pontos turísticos da capital e do interior. 

Outro serviço a ser trabalhado é o dos taxistas, motoristas de ônibus e vans, cobradores, mototaxistas precisam ser treinados para receber bem o turista: por meio dos cursos de idiomas, de sinais, de relações humanas, entre outros. Na área hoteleira é necessário que se invista na produção de acomodações dignas, ressaltando o verde e o ambiente amazônico, mostrando a realidade da região. Temos grande potencial na área esportiva radical, além da Pororoca, temos rios com corredeiras, e trilhas ecológicas.

O potencial histórico e natural do Estado do Amapá é grande também. Entretanto, o que falta é a exploração desse segmento. Tem-se um grande numero de Turismólogos formados e que precisam ser inseridos no mercado de trabalho, o qual ainda é muito escasso no Estado. As agências de turismo amapaense têm que parar de emitir apenas bilhetes de passagem e começarem a vender pacotes de viagens para o Amapá, ressaltando nossas riquezas turísticas. 


O fenômeno do Equador atrai muitos turistas,
 mas, aqui mesmo no AP, não é muito
divulgado o acontecimento. Que Pena!
Um grande impulso poderá começar a ocorrer nesta semana (16 a 20 de maio), em que o Amapá está sediando o XXXII Congresso Brasileiro de Guias de Turismo (CBGTUR). O evento é realizado pela Federação Nacional dos Guias de Turismo (FENAGTUR) e pelo Sindicato dos Guias de Turismo do Amapá (SINGTUR), em parceria com instituições não-governamentais e o Governo do Amapá, por meio da Secretaria de Estado do Turismo (SETUR). O evento concentra suas atividades no Ceta Ecotel, que é parceiro do Congresso.


O Congresso, realizado anualmente, reunirá guias de turismo de todo o Brasil e de outros países que, durante os cinco dias do evento, participarão de várias atividades como palestras, debates, mesa redonda e programações culturais.

Temos que levar em consideração, também, que o Brasil sediará dois grandes eventos nos próximos anos, que irão movimentar diversos setores de atuação de um país; para tanto, deve haver uma grande expansão do Brasil. O Amapá, por sua localização geográfica de fronteira, pode ser tornar um pólo de integração para o turismo nacional e internacional. Dessa forma, o tema escolhido para a 32ª edição do Congresso é: "O Guia de Turismo como Agente de Integração de Culturas".

O evento conclui somente no domingo. Vamos ver o que se desencadeará disso.

[Matéria extraída e adaptada da Edição 305, do Jornal Tribuna Amapaense]

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